segunda-feira, 7 de agosto de 2023

APOCALIPSE 4:1-11

 APOCALIPSE 4:1-11 



 Apocalipse 4:1 

Então, quando olhei, vi uma porta aberta no céu, e a mesma voz que eu tinha ouvido antes falou comigo como um toque de trombeta. 

A voz disse: “Suba para cá, e eu lhe mostrarei o que acontecerá depois destas coisas”. 


2 E, no mesmo instante, fui tomado pelo Espírito e vi um trono no céu e alguém sentado nele. 


3 Aquele que estava sentado no trono brilhava como pedras preciosas, como jaspe e sardônio. 

Um arco-íris, com brilho semelhante ao da esmeralda, circundava seu trono. 


4 Ao redor do trono havia 24 tronos, nos quais estavam sentados 24 anciãos. Estavam todos vestidos de branco e usando coroas de ouro na cabeça. 


5 Do trono saíam relâmpagos, estrondos e trovões, e na frente dele havia sete tochas com chamas ardentes, que são os sete espíritos de Deus. 


6 Diante do trono havia algo como um mar de vidro, cintilante como cristal. No centro e ao redor do trono havia quatro seres vivos, cada um coberto de olhos na frente e atrás. 


7 O primeiro deles era semelhante a um leão; o segundo, semelhante a um boi; o terceiro tinha rosto de homem; e o quarto era como uma águia em voo. 


8 Cada um dos seres vivos tinha seis asas, inteiramente cobertas de olhos, por dentro e por fora. Dia e noite, repetem sem parar: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, que é e que ainda virá”. 


9 Cada vez que os seres vivos dão glória, honra e graças ao que está sentado no trono, àquele que vive para todo o sempre, 


10 os 24 anciãos se prostram e adoram o que está sentado no trono, aquele que vive para todo o sempre. Colocam suas coroas diante do trono e dizem: 


11 “Tu és digno, ó Senhor e nosso Deus, de receber glória, honra e poder. Pois criaste todas as coisas, e elas existem porque as criaste segundo a tua vontade”.

 

A PORTA DA ESPERANÇA


A televisão, o video-game e vídeos em geral, tornam-se portas da esperança para uma infinidade de pessoas. 


Porque oferece a esperança imaginária de que aquilo que vemos os outros ganharem poderia também ser conquistado por nós .


A porta do céu


Porém, existe diante de nós outra porta de acesso à esperança. 


Precisamos sim de esperança para viver, mas a esperança de que precisamos não está noutra coisa senão na Bíblia. 


Paulo, o apóstolo, disse assim:


Rm 15.4 

| Essas coisas foram registradas há muito tempo para nos ensinar, e as Escrituras nos dão paciência (esperança) e ânimo para mantermos a esperança.


Precisamos de ânimo e de esperança para viver – para seguir a vida com amor. 


A fome...a sede..., que nutrimos por TV, canais por assinaturas, Netflix... revelam a carência que todos temos de ânimo e de esperança.


Contudo, a porta da esperança para nossas almas famintas não é a televisão, mas a palavra de Deus. 


Paulo afirmou que Deus não só é fonte de esperança, de alegria e de paz, mas também que é possível transbordar “de esperança, pelo poder do Espírito Santo” (Rm 15.13). 


"Que Deus, a fonte de esperança, os encha inteiramente de alegria e paz, em vista da fé que vocês depositam nele, de modo que vocês TRANSBORDEM de ESPERANÇA, pelo poder do Espírito Santo."

 

A Bíblia é a porta do céu. 

Ela é a porta do céu porque nos revela o Deus soberano e salvador na pessoa de Jesus Cristo. 


Isso fica muito claro no texto de Apocalipse que lemos:


Ap 4.1-2 


| 1 Então, quando olhei, vi uma porta aberta no céu, e a mesma voz que eu tinha ouvido antes falou comigo como um toque de trombeta. A voz disse: “Suba para cá, e eu lhe mostrarei o que acontecerá depois destas coisas”. 


2 E, no mesmo instante, fui tomado pelo Espírito e vi um trono no céu e alguém sentado nele.


A porta que Apocalipse 4 nos abre nos leva à sala do trono de Deus. 


Ao adentrá-la, nós enxergamos (iluminados com “sete tochas com chamas ardentes, que são os sete espíritos de Deus” – Ap 4.5)... 


o Deus soberano assentado no trono e Cristo, 

o Cordeiro, que é digno de receber todo louvor 

(Apocalipse 5).


A sala do trono


Apocalipse 3 terminou com um tom de tristeza. 


Cristo havia sido deixado do lado de fora da igreja (em Laodicéia) e estava à porta batendo, pedindo para entrar (Ap 3.20). 


Esta é a realidade do ser humano (infelizmente até mesmo para muitos que se dizem cristãos – como no caso da igreja em Laodicéia).


As pessoas vivem cheias de si, buscando alegria e esperança nas riquezas e nos prazeres deste mundo. 


Cristo fica de fora. Batendo. Pedindo para entrar. 


Imagine: 

ele que é a fonte inesgotável de alegria e de esperança fica do lado de fora para a vasta multidão em busca de alegria, de esperança e de prazer! 


Não é à toa que a Bíblia chama isso de tolice ou de loucura.


O mais maravilhoso de tudo é que se de um lado o ser humano fecha a porta para Deus, deixando Jesus de fora, batendo, querendo entrar, 


do outro Deus mesmo abre uma porta de alegria e esperança para todos quantos desejarem entrar pela fé em Cristo. 


Observe:

Ap 3.20-4.1 | 3.20 


Preste atenção! Estou à porta e bato. 

Se você ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei e, juntos, faremos uma refeição, como amigos.


3.21 O vitorioso se sentará comigo em meu trono, assim como eu fui vitorioso e me sentei com meu Pai em seu trono. 


3.22 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas. 


4.1 Então, quando olhei, vi uma porta aberta no céu, e a mesma voz que eu tinha ouvido antes falou comigo como um toque de trombeta. 


A voz disse: “Suba para cá, e eu lhe mostrarei o que acontecerá depois destas coisas”.


Como Deus é gracioso! O homem fecha a porta do coração (e até da igreja!) para ele, mas ele mesmo abre a porta da esperança e nos convida a entrar pela fé à sala do trono. 


Quem entrar, viverá como aqueles que vivem ao redor do trono: 

cantando de alegria. 


Veja como termina esta seção (Apocalipse 4 e 5) que descreve a sala do trono:


Ap 5.13-14 | 


13 Depois, ouvi todas as criaturas no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, cantarem: 


“Louvor e honra, glória e poder pertencem àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro para todo o sempre!”. 


14 E os quatro seres vivos disseram: “Amém!”. 

E os 24 anciãos se prostraram e adoraram.”


A porta do céu nos leva à sala do trono. A visão que João teve em espírito revelava o futuro glorioso daqueles que entram, pela porta do céu, na sala do trono.


Você quer ter essa mesma experiência? Você quer encher sua alma de esperança e de alegria? Então entre pela porta do céu. 


Feche todas as outras portas pelas quais você tem entrado em busca de esperança e de alegria e entre por esta porta que Deus abre para nós no céu. 

Entre na sala do trono.



Na terra as coisas são caóticas. 

Afinal, por mais que Cristo insista em se revelar ao mundo (a visão do Cristo glorioso, conforme Apocalipse 1), 


as pessoas, mesmo as que se dizem cristãs, seguem em busca de seus próprios interesses pecaminosos (as sete igrejas do Apocalipse, conforme Apocalipse capítulos 2 e 3).


Olhamos ao redor e descobrimos que, mesmo para os crentes, falta amor (Éfeso); 


as pessoas são propensas a não pagar o preço por Cristo, pela justiça e pela verdade (Esmirna e Pérgamo); 


não querem pagar o preço pela santidade (Tiatira); constroem uma falsa imagem de si mesmas – pois, apesar de mortas, pensam estar vivas (Sardes); 


relutam em não falar do amor de Deus aos outros, quando o próprio Deus abre portas de oportunidades para elas (Filadélfia) e se tornam mornas, intragáveis para o próximo e também para Deus (Laodicéia).


Graças a Deus, porém, que a história não termina na terra. 


Com o capítulo 4 de Apocalipse nós somos transferidos da igreja na terra para a igreja no céu; 


do Cristo entre os candelabros tremeluzentes (as igrejas com com luzes trêmulas) ao Cristo ao lado do imutável trono de Deus. 


Essa porta aberta no céu nos leva aos bastidores do Apocalipse, à sala do trono, onde reside toda esperança mundial.


Entrando por essa porta, o que nós vemos? O que nós podemos aprender dos bastidores do Apocalipse? Subamos, entremos pela porta aberta no céu e vejamos.


O Soberano do universo 

(Ap 4.2-6)


Deus é a primeira coisa que nós vemos quando entramos no céu.


Ap 4.1-2 | 1 Então, quando olhei, vi uma porta aberta no céu, e a mesma voz que eu tinha ouvido antes falou comigo como um toque de trombeta. 


A voz disse: “Suba para cá, e eu lhe mostrarei o que acontecerá depois destas coisas”. 


2 E, no mesmo instante, fui tomado pelo Espírito e vi um trono no céu e alguém sentado nele.


Não há outra coisa nem ninguém em destaque no céu. 

DEUS É O DESTAQUE!!


O Deus que no princípio criou todas as coisas 

(Gn 1.1) é o centro do céu e do universo.


A visão de Deus, como o soberano do universo, haverá de nos encher de esperança para viver e de força para lutar. 


E em Apocalipse 4 nós temos uma das visões bíblicas mais completas de Deus no trono do universo. 

É fascinante. 


Diante de um mundo mergulhado no caos, na desesperança, no medo e na melancolia (como era o mundo das sete igrejas do Apocalipse e ainda é o nosso), precisamos ver Deus mais uma vez no centro de tudo. 


A porta aberta no céu nos revela essa grande e bela imagem (Ap 4.2-6). 


Entre e veja:


2 E, no mesmo instante, fui tomado pelo Espírito e vi um trono no céu e alguém sentado nele. 


3 Aquele que estava sentado no trono brilhava como pedras preciosas, como jaspe e sardônio. 

Um arco-(nas nuvens)íris, com brilho semelhante ao da esmeralda, circundava seu trono. 


4 Ao redor do trono havia 24 tronos, nos quais estavam sentados 24 anciãos. 

Estavam todos vestidos de branco e usando coroas de ouro na cabeça. 


5 Do trono saíam relâmpagos, estrondos e trovões, e na frente dele havia sete tochas com chamas ardentes, que são os sete espíritos de Deus. 


6 Diante do trono havia algo como um mar de vidro, cintilante como cristal. No centro e ao redor do trono havia quatro seres vivos, cada um coberto de olhos na frente e atrás.


Deus é soberano – ele está “sentado no trono” – Ap 4.2.

Deus é pessoal – ele não é “algo” (qualquer coisa), ele é “alguém sentado” – Ap 4.2.

Deus é transcendente – ele é “aquele que estava sentado no trono” – ele é outro diferente de nós, ele é superior, sublime, excelso, seu lugar é no trono do universo – Ap 4.2.


Deus é único – Deus não é um ídolo nem pode ser copiado nem facilmente definido. Ele é único. 


Sobre Deus se diz: 

“Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a” ou “brilhava como” – Ap 4.3. 


Não há como criar uma imagem de Deus nem se pode transformá-lo à imagem de nossas criações. 


Por isso não criamos nem adoramos imagens.


Deus é glorioso – A visão que João teve de Deus era de alguém que “brilhava como pedras preciosas, 

como jaspe e sardônio” – Ap 4.3. 


Tais pedras sempre foram usadas na Bíblia como representantes da glória de Deus. 


Deus é glorioso, majestoso, precioso.

Deus é gracioso – João diz que “Um arco-íris, com brilho semelhante ao da esmeralda, circundava seu trono” – Ap 4.3. 


Arco-(nas nuvens)íris é símbolo do pacto entre Deus e o homem 

(Gn 9). 


Ele representa a misericórdia e a paciência do Senhor. A esmeralda ressalta a graça de Deus. 


O trono do Senhor está envolto em graça e misericórdia. 


Não há como ver o trono sem enxergar a graça e a misericórdia de Deus.


Deus é de palavra – João diz que “Ao redor do trono havia 24 tronos, nos quais estavam sentados 24 anciãos. 

Estavam todos vestidos de branco e usando coroas de ouro na cabeça.” – Ap 4.4. 


Os 24 anciãos representam a igreja de todos os tempos (doze patriarcas do Antigo Testamento e doze apóstolos do Novo Testamento). 


Eles representam os salvos em Jesus de todas as eras que reinarão com Deus no céu em honra (coroados), santidade (vestes brancas) e justiça (assentados para reinar e julgar).


Qual o valor dessa visão? 


Deus cumpre o que promete. Ele havia prometido essas coisas aos que permanecessem fieis.


Esmirna Ap 2.10 | Não tenha medo do que está prestes a sofrer. 

O diabo lançará alguns de vocês na prisão a fim de prová-los, e terão aflições por dez dias. Mas, se você permanecer fiel mesmo diante da morte, eu lhe darei a coroa da vida.


Sardes Ap 3.5 | O vitorioso será vestido de branco. Jamais apagarei seu nome do Livro da Vida e confirmarei, diante de meu Pai e de seus anjos, que ele me pertence.


Laodicéia Ap 3.21 | O vitorioso se sentará comigo em meu trono, assim como eu fui vitorioso e me sentei com meu Pai em seu trono.


Deus é soberano, pessoal, transcendente, único, glorioso, gracioso e tem Palavra! 


Mas, o que mais?


Deus é justo – João diz que “Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões” – Ap 4.5a. 


Tais manifestações ressaltam que Deus é justo e aplica juízo com poder e grande glória.


Deus é sustentador – João diz que “frente dele havia sete tochas com chamas ardentes, que são os sete espíritos de Deus.” – Ap 4.5b. 


Aqui a menção ao Espírito Santo, simboliza além de iluminação, a sua atuação na criação e na preservação de todas as coisas.


Deus é santo – João diz que “Diante do trono havia algo como um mar de vidro, cintilante como cristal.” – Ap 4.6a. 


Esse mar de vidro está em contraste com o mar de sujeira e poluição do pecado. 


Isaías 57:20 

“Os perversos, porém, são como o mar agitado que nunca se aquieta e revolve lama e sujeira sem parar."


Para se estar na presença do Deus santo, precisa-se estar puro.


Deus é digno de louvor – 


João diz que “No centro e ao redor do trono havia quatro seres vivos” – Ap 4.6b. 


Os seres diante do trono estão lá para adorar a Deus.


Ap 4.8 | Dia e noite, repetem sem parar: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, que é e que ainda virá”.


Essa porta aberta no céu nos convida a entrar para contemplar o soberano do universo. 


A imagem de quem ele é será muito mais cativante do que qualquer imagem televisiva. 


Deus nos é revelado para que seja por nós conhecido, apreciado, saboreado e adorado. 

Mas há um detalhe.


O Soberano do Universo se revela em pormenores usando a linguagem das Escrituras. 


Ou seja: o acesso à sala do trono, a porta aberta no céu, não nos chega através de transes e arrebatamentos; ela só é possível a nós hoje pelas Escrituras. 

Observe, por exemplo o caso de Samuel:


NVI 1Sm 3.21 | O Senhor continuou aparecendo em Siló, onde havia se revelado a Samuel por meio de sua palavra.


Ao descrever o soberano do universo, João não inventou qualquer linguagem. 


Ele apenas copiou o que já havia sido usado no Antigo Testamento para descrever a Deus, a saber: Isaías 6, Ezequiel 1 e Daniel 7. 


Portanto, permitam-me três conclusões práticas:


Deus é melhor descrito e melhor conhecido apenas pela Bíblia.


Não há como se conhecer plenamente o soberano do universo sem uma investigação profunda da Bíblia.


Volte-se para a leitura e o estudo das escrituras. 


Encontre uma boa tradução da Bíblia (recomendo a Nova Versão Transformadora, da editora Mundo Cristão) comece hoje mesmo a ler a Bíblia.


Você quer esperança para continuar vivendo? 


Conheça a Deus. 

Entre pela porta aberta no céu. 

Mergulhe-se na santa palavra de Deus.


Os servos do trono de Deus

Além de nos revelar o soberano do universo, a porta aberta no céu, os bastidores do Apocalipse, revela-nos para que os servos estão diante de Deus, ou seja: 


como devem viver os que vivem diante do trono; como devem viver os que entram pela porta do céu.


Gente antenada (Ap 4.6-8)


Diante do trono há quatro seres viventes. Todos eles com olhos bem abertos. 


1 Olhos para frente (olha para o futuro com motivação), 


2 para trás (enxerga o passado com avaliação), 


3 ao redor (vê a circunstância com compaixão) e 


4 para dentro (enxerga a si mesmo com contrição).


Gente moderada (Ap 4.6-8)


Os quatro seres são semelhantes ao leão, ao boi, ao homem e à águia. 


Os pais ou teólogos da igreja cristã (especialistas na Bíblia que viveram logo depois da era apostólica, 

no 2o e no 3o séculos d.C.) nos ajudam a interpretar esses animais. 


Além de representarem todo o reino animal, tais seres revelam o que os servos do trono de Deus precisam cultivar, mesclar e integrar em sua existência, a fim de viverem para a glória de Deus. 


A saber: a força do leão, o sacrifício do boi, a inteligência do homem e a objetividade da águia.


Força sem sacrifício gera violência. 


Inteligência sem objetividade produz teóricos. 


Objetividade sem força não gera perseverança. 


Objetividade sem sacrifício e inteligência vira pragmatismo… e assim por diante. 


Na vida cristã, nós precisamos cultivar força, sacrifício, sabedoria e objetividade. 


Tudo isso junto e misturado para a glória de Deus.


Gente sincronizada (Ap 4.9-10)


Eu fico impressionado com a sincronização existente no céu. 


Coisa que, infelizmente, ainda nos falta em grande medida na terra e também na igreja.


Ap 4.9-10 | 

9 Cada vez que os seres vivos dão glória, honra e graças ao que está sentado no trono, àquele que vive para todo o sempre, 


10 os 24 anciãos se prostram e adoram o que está sentado no trono, aquele que vive para todo o sempre. Colocam suas coroas diante do trono e dizem:

Note o seguinte:


O ponto de convergência é a glória de Deus.

Sempre que os quatro seres viventes adoram, os vinte e quatro anciãos também se prostram em adoração.


A adoração é em palavras e ação (lançam as suas coroas).


Precisamos aprender a concentrar nossos esforços na glória de Deus, fazer do outro um estímulo para prosseguirmos adorando e entregar tudo o que somos e temos para Deus.


O serviço dos santos na sala do trono


Não precisa dizer que o serviço dos santos na sala do trono é adorar a glória de Deus. 


Isso está muito claro no texto. Portanto, desejo dar um passo além e enxergar com mais detalhes o que está envolvido na adoração do povo de Deus. 


Isso nos dará melhor compreensão do que é servir a Deus.


Para tanto, ouçamos a música da sala do trono, pois a boca fala do que está cheio o coração e é do coração que brota o nosso comportamento.


A música dos quatro seres viventes (Ap 4.8b):

“Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, que é e que ainda virá”.


A música dos vinte e quatro anciãos (Ap 4.11):


“Tu és digno, ó Senhor e nosso Deus, de receber glória, honra e poder. Pois criaste todas as coisas, e elas existem porque as criaste segundo a tua vontade”.


Ouvindo e refletindo sobre essas canções, nós descobrimos que o serviço dos santos da sala do trono se resume em:

 

Promover a santidade de Deus


“Santo, santo, santo é o Senhor Deus,” (Ap 4.8)


Exaltar a soberania de Deus

“o Todo-poderoso,” (Ap 4.8)


“Tu és digno, ó Senhor e nosso Deus, de receber glória, honra e poder. Pois criaste todas as coisas, e elas existem porque as criaste segundo a tua vontade”. (Ap 4.11)


Anunciar a salvação de Deus

que era, que é e que ainda virá”. (Ap 4.8)


2Tm 4.1-2 | 

1 Eu lhe digo solenemente, na presença de Deus e de Cristo Jesus, que um dia julgará os vivos e os mortos quando vier para estabelecer seu reino: 


2 pregue a palavra. Esteja preparado, quer a ocasião seja favorável, quer não. Corrija, repreenda e encoraje com paciência e bom ensino.


Os bastidores do Apocalipse

 revelam que apesar de todos os problemas que enfrentamos neste mundo, Deus é soberano sentado no trono, 


há uma maneira bíblica para os servos do trono viverem no mundo, o serviço dos santos é viver para a glória de Deus: 


promovendo santidade, exaltando a soberania divina, anunciando a salvação de Jesus.


Faça disso a verdade de sua vida. 


Busque nisso esperança para viver.


Feche todas as outras portas de esperança na vida e olhe para essa porta aberta no céu.


Pelo sangue que derramou na cruz em lugar do pecador, Jesus nos abriu essa porta e nos convida a entrar.


O Espírito de Deus nos ilumina, nos convence, nos inclina e nos capacita a ver, a levantar e a entrar pela porta.


Uma vez na sala do trono, devemos adorar a Deus em majestade. 


Essa é a mensagem de Apocalipse 4 e de todos os apóstolos do Senhor. 


Paulo, por exemplo, diz assim: 


“Agora, por causa do que Cristo fez, todos temos acesso ao Pai pelo mesmo Espírito.” (Ef 2.18)


Entre pela porta aberta no céu e viva conforme os bastidores do Apocalipse.




        Obs. ARCO-IRIS?  Nome original: Keshet Ba'anan (Arco na nuvem)


linha de pensmento:


Keshet-Arco/ Todas as referências biblicas dessa palavra, aparece como uma arma, 

É uma arma de guerra...os benjamitas eram arqueiros de renome ( Juízes e Crônicas)


Jonatas, filho de Saul usava arco e flecha, e algum tempo depois, 

o arco se torna arma de lideres e reis(Reis e Salmos).


O livro de Oséias da a idéia de que se tornou uma arma nacional.


Deus cria uma aliança em formato de arco...uma arma! Para lutarmos as nossas batalhas

Para nos lembrar que a aliança do Senhor é a nossa arma, contra toda maldade que tenta 

se infiltar na nossa mente.


Quando olhamos para esse arco, nossos olhos se encontram com os olhos de Deus.

Gn. 9:16 

Ao olhar para o arco-íris nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna 

entre Deus e todos os seres vivos da terra".


Deus tem uma aliança conosco...e quem tem aliança com Ele, esta conectado ao poder do céu

sobre sua vida


letras que compõem essa palavra(dentre vários significados):


kuf= Santidade--nos oferece proteção contra pensamentos e ações de maldade


Shim= Fogo--Representa o Espirito Santo, que convence do pecado, justiça e juízo...nos orientando

para as ações da nossa vida


Tav= Cruz--Todo fardo, todo cansaço, todo peso na alma foi levado na cruz.

  

            


TEMA: O TRONO DE DEUS/ 


INTRODUÇÃO


1. A primeira visão foi do Cristo da glória no meio da sua igreja 


- Depois da primeira visão do Cristo exaltado que cuida de sua igreja e a protege, 

começa a revelação "do que acontecerá depois destas coisas". 


Primeiro, Cristo revelou-se como aquele que conhece a sua noiva no íntimo. 

Ele conhece todas as virtudes e fraquezas da sua noiva. 

Nenhum defeito da sua noiva está oculto diante do seus olhos. 


Contudo, o Cristo exaltado aponta para a sua noiva o caminho de retorno 

e diz que ele é o remédio para a sua própria igreja. 

Ele não rejeita a sua noiva, mas é o remédio para ela.


2. Agora a visão que segue será das grandes tensões que a Noiva enfrentará até a segunda vinda do Noivo 


- Esta revelação inclui a destruição dos poderes do mal, de Satanás e da morte. 

Mas, antes de serem destruídas, estas forças más se empenharão num esforço desesperado 

de frustrar os planos de Deus, tentando destruir o povo de Deus.

Essa é a grande tensão entre o Reino de Deus e o reino de Satanás.


3. A mensagem central do livro de Apocalipse é mostrar para a Noiva perseguida, 

que o seu Deus está no Trono do Universo 


- Antes do mundo perseguir a igreja (a abertura dos sete selos), e Deus visitar o mundo com o seu juízo parcial (sete trombetas) e o seu juízo final (sete taças)... 


é revelado a João que Deus está entronizado e governando o seu universo. 

Não importa quão temíveis ou incontroláveis forças do mal pareçam ser na terra, 

elas não podem frustrar os desígnios de Deus nem vencer a igreja, 

pois Deus está governando o Universo, a partir do seu trono.


4. O destino da Noiva não está nas mãos dos homens, mas nas mãos de Deus 


-Quando o mundo está incendiado pelo ódio, guerras, conflitos; quando a terra está cambaleando, 

bêbada de sangue, precisamos levantar os nossos olhos 

e ver o nosso Deus assentado sobre um Alto e Sublime Trono (Is 6:1). 


"No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo".



Ele é quem governa o universo. 

No meio das provas e tribulações, precisamos fixar nossos olhos 

naquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. 

Somente quando olhamos todas as coisas (inclusive nossas tribulações, capítulo 6, desde o aspecto do trono) 

é que alcançamos o verdadeiro discernimento da história.



I. APOCALIPSE É REVELAÇÃO DO CÉU, NÃO DESCOBRIMENTO DA TERRA - V. 1-2


"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.

E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono".

Apocalipse 4:1,2



1. Uma porta aberta no céu - 


O conhecimento do futuro não é alcançado mediante artes mágicas, ou leitura dos astros, 

nem mesmo por profecias humanas. 

Nós não podemos conhecer nada do futuro, a não ser que Deus revele para nós. 

O futuro estará coberto por um véu, até que Deus abra a porta do céu. 


O céu aberto não libera apenas acontecimentos, mas também entendimento, 

pois João contempla o trono, antes de contemplar os dramas da história. 


Muitas vezes, sentimos como se o céu estivesse fechado para nós: 

"Tornamo-nos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste e como os que nunca se chamaram pelo teu nome. 

Oh! se fendesses os céus e descesses! [...] para fazeres notório o teu nome aos teus adversários" 

(Is 63:19-64:2). 


No começo de Apocalipse aparecem as 3 portas mais importantes da Vida: 

1) A porta da oportunidade (3:8); 

2) A porta do coração humano (3:20); 

3) A porta da revelação (4:1).


2. Uma voz como de trombeta 


- Em (1:10), Jesus revelou-se a ele da mesma forma. 

Lá bastou João voltar-se para ver Jesus (1:11). 

Agora, João precisa subir ao céu. 


Não muda apenas de posição, mas de lugar, 

pois agora não se trata mais de vislumbrar o presente, 

mas o futuro e o futuro vem sobre nós a partir do Trono de Deus.


3. Sobe para aqui e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas 


-João é chamado ao céu para ver não o aspecto cíclico da história, 

não a história sem freios e sem rumo, não a história dirigida pelos homens, 

mas para ver o que deve acontecer. 


O Deus que está no trono é quem determina tudo o que acontece. 

Não há acaso nem falta de controle. O futuro está nas mãos de Deus. 


Não precisamos temer. Tudo o que acontece sobre a terra resulta de algo que sucederá no céu. 

A causa está no céu, e o efeito se verifica sobre a terra.


4. Imediatamente, eu me achei em espírito 


- João já não vê com os olhos físicos nem escuta com os ouvidos físicos. 

Ninguém jamais viu a Deus. Ele habita em luz imarcessível. 

Em carne e sangue João não suportaria contemplar o esplendor da glória. 

Então, ele tem uma visão.


II. DEUS ESTÁ ASSENTADO NO TRONO DO UNIVERSO - V. 2-7


1. João viu um Trono no céu - v. 2


• O trono é um lugar de honra, autoridade e julgamento. 

Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono do céu. 

O livro de Apocalipse é o livro da Soberania de Deus, da vitória de Deus. 

Aquele que criou todas as coisas, está no controle de tudo e levará a história para uma consumação final, 

onde ele sairá vitorioso. 

A essência desta revelação é mostrar que todas as coisas são governadas por aquele que está assentado no Trono.


• Das 67 passagens do NT que aparece "TRONO" 47 estão no livro de Apocalipse e 12 vezes só neste capítulo 4. Todos os detalhes estão orientados com vistas ao trono: 

sobre o trono, em redor do trono, a partir do trono, diante do trono, no meio do trono. 

O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus.


• O Trono é o verdadeiro centro do universo. Esse trono não está na terra, mas no céu. 

O universo na Bíblia não é geocêntrico(a terra centro do universo), 

nem hiliocêntrico(diz,que o sol é o centro do universo), mas teocêntrico. 

Aqui temos a verdadeira filosofia da história.


2. João viu o glorioso Deus assentado sobre o Trono - v. 2


• Para uma igreja perseguida, torturada, martirizada 

(Roma, perseguições ao longo da história e Anticristo) esta é uma mensagem consoladora: 

saber que o seu Deus está no trono (Is 6:1; SI 99:1).


"O SENHOR reina; tremam os povos. Ele está assentado entre os querubins; comova-se a terra".

Salmos 99:1


• O que João descreve não é Deus mesmo, mas o seu fulgor, seu esplendor, 

porque a ele não se pode descrever (Ex 20:4). 


"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra".

Êxodo 20:4



Não há descrição do trono nem da pessoa que está assentado nele. 

O que João viu quando olhou para o trono só pode ser descrito em termos de brilho de pedras preciosas. 


João descreve a Deus como um ser absolutamente misterioso, único, singular, o totalmente outro. 


João diz que ele é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe (a mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma poluição). 

É o nosso diamante. Há uma abundância de luz que emana dessa pedra. 


E de sardônio (cor vermelha, a mais translúcida que existe). 


João vê beleza, riqueza, abundância de luz. Deus é luz e ele habita em luz inacessível. 


• A pedra de jaspe (branca) descreve a santidade de Deus e o sardônio (vermelho) o seu juízo. 

Tal é Deus, santo e justo!


Quais são as características do Trono de Deus? - v. 3-7


A. O Trono de Deus é um trono de Graça e Misericórdia - v.3


> Ao redor do trono há um arco nas nuvens(Keshet Ba'anan) semelhante, no aspecto, a esmeralda. 

O arco nas nuvens é o símbolo da Graça e Misericórdia de Deus, da sua aliança com o seu povo, 

de que não mais o destruiria. 

Normalmente o arco nas nuvens aparece depois da tempestade, 

mas aqui, ele aparece antes dela.


"E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra".

Gênesis 9:16


Três letras compõe esta palavra Arco: 


Kuf= (dentre varios significados) Santidade - nos oferece proteção contra pensamentos e ações de maldade 


Shim= fogo - representa o Espirito Santo - que nos convence do pecado da justiça e do juizo, e, nos orienta para as ações da nossa vida


Tav= Cruz - nos lembra que todo nosso fardo, todo pecado foi levado na cruz 



> Para os filhos de Deus a tempestade já passou, 

porque Cristo já se deu a si mesmo para nos resgatar do dilúvio do juízo. 


Agora, temos o sol da justiça brilhando sobre nós. 

Ainda que o juízo venha sobre os homens, a igreja de Cristo será poupada. 

O que foi redimido não pode ser destruído. 

Ainda que o mal nos alcance, Deus fará com que todas as coisas aconteçam para o nosso bem.


> Antes de Deus derramar o seu juízo sobre a terra, ele oferece a sua misericórdia. 

Antes das taças do juízo, ele envia as trombetas de alerta.


B. O Trono de Deus é um trono de Juízo — v. 5


> Os relâmpagos, as vozes e os trovões são evidências de juízo e ira. 

O arco nas nuvens foi visto antes dos relâmpagos. A graça sempre antecede ao julgamento. 

Aqueles que recusaram a misericórdia terão que suportar o juízo. 

Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino.


> Hoje os homens escarnecem de Deus. Cospem no seu rosto. Zombam da sua Palavra. 

A mídia diz que Deus está errado. Mas Deus está no trono e derramará o seu juízo. 

Precisamos tomar posição. 


 O Arco nas nuvens vem antes dos relâmpagos e trovões. 

A graça vem antes do juízo. 

Compare Is 61:1-2 com Lucas 4:17-21.


 "O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;

A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes";

Isaías 61:1,2



"E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,

A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.

E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos".

Lucas 4:17-21



Na primeira vinda Jesus veio em graça, na segunda vinda virá em juízo.


> O trono de Deus se manifesta em juízo contra os homens ímpios 

(Dilúvio, Sodoma, Egito, Babilônia, Jerusalém).


> Esse juízo de Deus muitas vezes é em resposta às orações da igreja (8:3-5).


> O trono de Deus não é passivo. O cálice da ira de Deus está se enchendo. 

O juiz de toda a terra fará justiça. Ninguém escapará!




C. O Trono de Deus é um trono de santidade e transparência - v.6


> Esse mar de vidro está em contraste com o mar de sujeira e poluição do pecado (Is 57:20). 


Diante do trono de Deus precisamos estar purificados, e limpos. 

Diante do trono de Deus, Não existe corrupção. 

Tudo é transparente, limpo, puro. Pois Deus é santo. 


No céu não entra contaminação. Deus não tem acordo com o mal. 

Ele abomina o mal. Ele ama a todos, contudo, não ama a tudo.


III. A IGREJA GLORIFICADA PARTICIPA DO REINADO E DO JULGAMENTO DO MUNDO - V. 4


1. Ao redor do Trono, há também, vinte e quatro tronos

• Esses tronos estão ao redor...mas, o trono de Deus está no centro.

Deus está no alto e sublime trono. 

  Ele reina sobre todos os outros tronos.


2. Assentados neles, vinte e quatro anciãos


• Assentado fala de uma posição de autoridade e poder. 

A igreja tem a honra não apenas de ser salva, mas também de reinar no céu 

e ser assistente de Deus no seu julgamento (Mt 19:27-29).


Mateus 19:27-29

"Então Pedro disse: "Deixamos tudo para segui-lo. Qual será nossa recompensa?".


Jesus respondeu: "Eu lhes garanto que, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar em seu trono glorioso, vocês, que foram meus seguidores, também se sentarão em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.


E todos que tiverem deixado casa, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou propriedades por minha causa receberão em troca cem vezes mais e herdarão a vida eterna."



• Fomos constituídos reinos e sacerdotes (Ap 1:6). Os sacerdotes estavam divididos em 24 turnos 

(1 Cr 24:7-18). Aqui somos divididos em denominações. 

Mas no céu seremos uma só igreja: os que foram lavados e remidos no sangue do Cordeiro. 


• Nós julgaremos o mundo e os anjos (1 Co 6:2-3).


1 Coríntios 6:2,3

"Vocês não sabem que um dia nós, os santos, julgaremos o mundo? 

E, uma vez que vocês julgarão o mundo, acaso não são capazes de decidir entre vocês nem mesmo essas pequenas causas?


Não sabem que julgaremos os anjos? Que dizer, então, dos desentendimentos corriqueiros desta vida?"



• Os 24 anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho e do Novo Testamento. 


A igreja dos Patriarcas e Apóstolos. 

A totalidade da igreja de Deus na história. 



3. Os 24 anciãos estão vestidos de branco, e usando coroas de ouro


• As vestiduras brancas falam da justificação. 

As vestiduras brancas são as vestimentas que se prometem aos fiéis (3:4). 


Não há redenção para os anjos e sim para os homens. 

Portanto, os 24 anciãos não são anjos, mas homens remidos.


• H. B. Swete afirma que o número vinte e quatro representa a igreja na sua totalidade. 


A igreja plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.


• As coroas de ouro falam da posição de honra, autoridade e prestígio dos remidos no céu. 


Essas coroas de vitória prometidas aos que permanecem fiéis mesmo diante da morte (2:10; 3:11).


IV. A DOXOLOGIA DOS QUATRO SERES VIVENTES AO QUE ESTÁ ASSENTADO NO TRONO - V. 6-8


1. Quem são esses quatro seres viventes que estão no meio e ao redor do Trono?


• Arthur Bloomfield pensa que eles representam os quatro Evangelhos - 

O leão mostra Jesus como Rei (Mateus). 

O novilho mostra Jesus como servo (Marcos). 

O homem mostra Jesus como o homem perfeito (Lucas) 

e a Águia mostra Jesus como aquele que veio do céu e volta ao céu (João).


• H. B. Swete e William Barclay pensam que eles representam a totalidade da natureza - 


Os quatro seres viventes representam todo o nobre, forte, sábio e rápido da natureza. 

Cada figura têm preeminência em sua própria esfera. O leão é supremo entre os animais selvagens. 

O boi entre os animais domésticos. A águia é o rei das aves. 

O homem o supremo entre todas as criaturas viventes. 


Os quatro seres viventes, representam toda a grandeza, poder e beleza da natureza. 

Aqui vemos o mundo natural trazendo sua doxologia ao que está no trono. 

A natureza louva ao Criador (SI 19:1-2; SI 103:22; Sal 148).


• William Hendriksen pensa que eles representam seres angelicais 


-Esses quatro seres viventes são querubins (Ez 10:20), anjos de uma ordem superior. 

Os querubins guardam as coisas santas de Deus (Gn 3:24; Ex 25:20). 

A canção deles é a canção dos anjos (Is 6:1-4). 

Eles são descritos como leão, novilho, homem e águia 

(fortaleza, capacidade para servir, inteligência, rapidez). 


Essas são características dos anjos (SI 103:20,21; Hb 1:14; Dn 9:21; Lc 12:8; 15:10). 

Quando a Bíblia quer usar a linguagem de toda criatura, o faz com precisão em (5:13).


2. O que esses quatro seres viventes fazem? - v. 8-


• Eles proclamam sem cessar. O livro de Apocalipse está cheio de cânticos de exaltação a Deus 

(4:8,11; 5:9-13; 7:12-17; 11:15-18; 12:10-12; 15:3-4; 16:5-7; 18:2-8; 19;2-6).


a) A santidade de Deus - Santo (descrição). Santo, Santo (ênfase). 

Santo, Santo, Santo (plenitude de santidade).


b) A onipotência de Deus - 

O Todo-poderoso. As pessoas para quem se escreveu o Apocalipse estavam sob ameaça de morte. 

Saber que Deus é soberano implica confiança no triunfo final.


c) A eternidade de Deus - Aquele que era, que é e que há de vir. 

Os impérios podem levantar-se e cair, mas Deus permanece para sempre.


• Eles dão a Deus glória, honra e ação de graças.

• O céu é lugar de celebração, louvor, glorificação ao nome de Deus. 

Veja que eles não cessam de proclamar!


V. A DOXOLOGIA DA IGREJA AO QUE ESTÁ ASSENTADO NO TRONO - V. 10-11


1. O objeto da Adoração

• Os remidos adorarão àquele que vive pelo século dos séculos. 

Também adoram o Espírito Santo (1:4-5; 4:5). 

Igualmente adoram o Cordeiro (5:12,13).


2. Os atos de Adoração

• A igreja se prostra diante daquele que está assentado no Trono. 

A glória deles é glorificar ao que está assentado no Trono.


• Depositarão suas coroas diante do Trono - 

Sinal de total submissão e rendição.


3. As palavras da Adoração

• O que está assentado no Trono é Senhor e Deus - 


"Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder". 

Ele é digno de receber a glória, eles não são dignos de glorificar, 

por isso, se prostram e depositam suas coroas diante do Trono. 

A visão do Trono de Deus levou Haendel a escrever a sua obra maior "Aleluia".


• O que está assentado no Trono é o Criador de todas as coisas 

- O mesmo Deus que criou tudo, sustenta tudo, levará o mundo, 

a história e a igreja à consumação final.


CONCLUSÃO

João é chamado ao céu para ver o Trono e o Entronizado. 

O Trono de Deus está no centro do Universo. 

Tudo acontece a partir do Trono. 


Tudo está ao redor do Trono. 

Graça e Juízo emanam do Trono. 


Todo o louvor e glória são dirigidos àquele que está assentado no Trono. 

A ele seja a glória para sempre, Amém!


sexta-feira, 9 de junho de 2023

ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU

 ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU


Apocalipse 2.8-11

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.

9 Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

10 Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.

11 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.

Linguagens da alma
A alma humana fala muitas línguas.

Há pelo menos quatro linguagens que apenas a alma humana é capaz de compreender ou delas fazer sentido:

Amor, Alegria, Música e Sofrimento.

Quem pode compreender o amor, senão a alma da gente?

O mesmo é verdadeiro para a alegria, a música e o sofrimento.

Todos eles são recebidos, absorvidos e compreendidos pela alma.

Sem alma ninguém ama, nem sofre, nem se alegra e nem curte uma boa música.

O que a gente diz da pessoa insensível para o amor, a alegria e o sofrimento?

“Fulano(a) não tem alma!”

E é verdade, pois é apenas lá, no léxico mudo do coração, que existem sentimentos impronunciáveis, misérias inexplicáveis, sensações indefiníveis,

mas que a alma humana consegue entender e responder com propriedade.

Palavras nem sempre conseguem expressar os sentimentos de uma alma sofredora.

A dor é muito profunda.
Até na oração, tantas vezes, o sofrimento é tão intenso que ficamos sem palavras diante de Deus.
Apenas gememos.
O sabor amargo de viver

A igreja de Esmirna entendia a linguagem do sofrimento.

Por causa da perseguição e da pobreza, a alma deles era fluente no dialeto da fome, da solidão, da humilhação, do medo e da dor.

Uma igreja fiel, que não cedeu às tentações e pressões do mundo.

Lembre-se de que, das sete igrejas do Apocalipse, apenas Esmirna e Filadélfia não receberam críticas, apenas elogios.

Mas, nem por isso, ela escapou do sofrimento; ela não deixou de perseverar.
Esmirna encarna para nós o ensino de Jesus:

Jo 16.33
Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz.
Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.

Esmirna também testifica para nós a verdade do ensino de Paulo:

2Tm 3.12
De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.

Até o nome da cidade serve para descrever o que a igreja estava passando naquele momento da história.

Esmirna significa mirra (erva amarga).
A igreja realmente estava experimentando o sabor amargo de viver num mundo infectado pelo pecado.

A vida é sim amarga no mundo em que vivemos.

Através das cartas à Éfeso e à Esmirna, o Apocalipse ensina que se a primeira marca de uma igreja, ou de um cristão,

que Deus aprecia é o amor (Éfeso), a segunda é o sofrimento (Esmirna).

Uma é naturalmente consequência da outra. A disposição de sofrer prova a autenticidade do amor.

Estamos dispostos a sofrer apenas por aqueles que amamos.

A prova de que os crentes de Esmirna não tinham perdido o primeiro amor, como haviam perdido os crentes de Éfeso,

estava no fato de eles estarem preparados e dispostos a sofrerem pelo Senhor.

Como Pedro e João, os cristãos da igreja de Esmirna estavam:

At 5.41
Alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome.

Como o cristianismo desta época da história, do nosso tempo, está carente de cristãos assim, amorosos e sofredores.

John Piper

O que há nos cristãos que faz deles o sal da terra e a luz do mundo?

Não são as riquezas. O desejo por riquezas e a busca de riquezas têm o sabor e a aparência do mundo.

Desejar ser rico nos torna como o mundo, não diferentes.

Justo no ponto onde deveríamos ter um sabor diferente, temos a mesma cobiça maliciosa que o mundo tem.

Neste caso, não oferecemos ao mundo nada diferente do que ele já crê.

A grande tragédia da pregação da prosperidade é que uma pessoa não tem que ser acordada espiritualmente para abraçá-la; ela precisa apenas ser gananciosa.

Ficar rico em nome de Jesus não é o sal da terra ou a luz do mundo. Nisto, o mundo simplesmente vê um reflexo de si mesmo.

E se eles são “convertidos” a isso, eles não foram realmente convertidos, mas apenas colocaram um novo nome numa vida velha.

No Sermão do Monte, o contexto da fala de Jesus nos mostra o que o sal e a luz são;

são a alegre boa-vontade de sofrer por Cristo.

Eis o que Jesus disse:
“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.

Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo.” (Mateus 5:11-14)

O que fará o mundo saborear o sal e ver a luz de Cristo em nós, não é que amemos as riquezas da mesma forma que eles amam.

Pelo contrário, será a boa-vontade e a habilidade dos cristãos de amar aos outros apesar do sofrimento, a todo tempo exultando porque seu galardão está nos céus com Jesus.

“Regozijai-vos e exultai [nas dificuldades]… Vós sois o sal da terra.” Salgado é o sabor da alegria nas dificuldades.

Esta é a vida inusitada que o mundo pode saborear como diferente.

Tal vida é inexplicável em termos humanos. É sobrenatural.

Agora, atrair pessoas com promessas de prosperidade é simplesmente natural.

Não é a mensagem de Jesus. Não é aquilo que ele alcançou com sua morte.

Precisamos da igreja de Esmirna para nos ensinar a cultivar a marca do sofrimento, que é fruto do amor.

Os tipos de sofrimento

Quais os tipos de sofrimento que a igreja de Esmirna sofreu por causa do evangelho de Jesus e o que eles podem nos ensinar?

O testemunho desses irmãos haverá de nos encorajar a perseverar:

1Pe 5.8-9
8 Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.

9 Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.

Duas eram as fontes principais do sofrimento dos cristãos de Esmirna: resistência ao império e revolta dos ímpios.

Resistência ao império
Já no ano 195 a.C., lá em Esmirna, tinha sido construído e dedicado um templo para Roma personificada como deusa (Dea Roma).

Desde então, a cidade ficou reconhecida por sua lealdade patriótica ao império.

Tanto que no ano 25 d.C. lhe foi concedido o privilégio de erigir um templo ao imperador Tibério.

Evidentemente, pois, o culto ao império e ao imperador (à Roma e ao César de Roma) era um fator de grande orgulho em Esmirna.

Claro, porém, que os cristãos daquela cidade se recusaram abertamente a acender incenso diante das estátuas romanas e também de chamar Tibério César de senhor.

Sabiam que era idolatria. O resultado foi que sofreram todo tipo de retaliação, perseguição e até confiscação.

Coisa parecida a que sofreram os cristãos de Hebreus.

Hb 10.32-34
32 Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento.

33 Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram tratados.

34 Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes.

Assim como os cristãos de Hebreus; exatamente porque os cristãos de Esmirna estavam resistindo às corrupções do império foi que eles sofreram tanto:

Ap 2.9 | Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico!

Revolta dos ímpios
Além das consequências pela resistência ao império, os cristãos de Esmirna também sofreram com a revolta dos ímpios. Havia em Esmirna uma grande comunidade judaica, que Jesus descreveu de forma ríspida:

Ap 2.9b | Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

Os judeus eram isentos de todas as obrigações sacrificiais impostas por Roma.

Era a forma que o império havia encontrado para conviver pacificamente com os judeus.

Por outro lado, para compensar a falta de sacrifícios ao império e ao imperador, os judeus procuravam lisonjear as autoridades e o povo romano, acusando os cristãos, da mesma forma que eles fizeram quando da crucificação de Jesus.

Fontes de perseguição

Há, pois, duas fontes principais de perseguição.

1 Sempre que resistimos às forças e às formas do império secular em que estamos inseridos nós sofremos.

E 2 sempre que proclamamos abertamente a verdade do evangelho de Jesus nós também sofremos.

São praticamente duas as fontes de onde constantemente brotam a intolerância e a perseguição contra os cristãos: do império e da sinagoga de satanás, do estado e da religião.

Procure resistir às forças e às formas ímpias do sistema e você verá o quanto isso lhe custará.

Outra coisa: proclame a verdade do evangelho e você verá o que os credos religiosos (e seculares!) ao seu redor são capazes de fazer.

Formas de perseguição

Tendo identificado as fontes, vejamos as formas de perseguição que se manifestaram em Esmirna, pois elas se manifestam ainda hoje.
1. Privação (Ap 2.9)

Conheço as suas aflições e a sua pobreza;

É de surpreender que numa cidade rica e próspera como Esmirna qualquer de seus cidadãos fosse pobre.

Mas, por que os cristãos eram assim tão pobres?

Talvez eles pertencessem à classe mais baixa da sociedade (1Co 1.26).

Talvez o amor e a generosidade os tivessem feito vender o que tinham para ajudar quem mais precisava
(At 2.44; 4.32, 34).

Mas, nenhum destes dois fatores explica a razão para tanta pobreza.
A sua pobreza era fruto de suas “aflições” (Ap 2.9).

Ou seja: decisão de agir corretamente nos negócios; renúncia aos métodos suspeitos e inescrupulosos; judeus e pagãos que se negavam a fazer negócios com cristãos; confisco dos bens por parte das autoridades

Isso e muito mais fez aquele povo passar por tanta privação. Conforme John Stott,

Ainda hoje nem sempre é gratificante ser cristão.
E a honestidade a qualquer preço nem sempre é o melhor procedimento, se o ganho material é nossa ambição.

A pobreza tem frequentemente sido parte do custo do discipulado cristão.

E vai piorar cada vez mais, na medida que o fim se aproxima.

Como veremos adiante, em nosso estudo do Apocalipse, quem não tiver a marca da besta na testa e na mão não poderá comprar nem vender (Ap 13.16-18).

Mas, que quer dizer isto?

A fronte simboliza a mente, a vida intelectual, a filosofia de vida de uma pessoa. A mão direita indica seus feitos, sua atividade, sua ocupação, suas ações:

“Também as atarás [as palavras da lei] como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Dt 6.8).

Portanto, receber a marca da besta na fronte ou na mão direita indica que a pessoa assim caracterizada pertence à companhia daqueles que seguem o anticristo e perseguem a Igreja.

Isto é, este espírito anticristão se torna evidente pelo que a pessoa pensa e faz.

Esta interpretação se harmoniza inteiramente com a explicação sobre o selo que o crente recebe em sua fronte (Ap 7.3; 9.4).

O selo que Deus colocou na testa de seus adoradores certamente não é uma marca visível.

Este selo indica que a pessoa pertence a Cristo, que ela o adora, que manifesta seu Espírito, que tem os seus pensamentos, etc.

À medida em que o fim se aproxima e o espírito do anticristo se manifesta, quem não pensar e não agir como um deles será perseguido e sofrerá grandes privações.

2. Difamação (Ap 2.9)
Além da privação, há também a difamação. Jesus coloca assim:

Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

Em Esmirna, Judeus espalhavam falsos rumores sobre os cristãos. As mentes das pessoas da cidade estavam sendo envenenadas contra os cristãos.

Os inimigos de Cristo viviam, e ainda vivem, de “caluniar” ou de “blasfemar” contra os cristãos.

Jesus chega a chamar tais caluniadores de Esmirna de “sinagoga de satanás”, pois eles tinham aprendido as táticas de seu mestre, o diabo (Ap 2.10), que é “acusador” e “caluniador”.

O Senhor já o tinha chamado de “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44), cujos seguidores compartilham sua aversão pela verdade.

É incrível como a maledicência exerce tanta fascinação sobre nós todos.

Pv 26.22 | As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo.

Incrédulos, dentro e fora da igreja, nutrem-se desta suculenta iguaria. Cuidado! Você pode ser usado por Satanás para difamar e ferir.

Pior do que perder bens e dinheiro em qualquer perseguição é perder o que temos de mais valioso: a reputação.

Difamação fere muito e o segredo para quem é difamado é agir como Jesus:

1Pe 2.23 | Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava- se àquele que julga com justiça.

A privação e a difamação eram duas experiências de provação que a igreja de Esmirna já estava sofrendo.

Mas havia coisas piores pela frente.
O que poderia ser pior?

3. Prisão (Ap 2.10)

Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Os cristãos estavam prestes a passar um período de muito sofrimento.

Seriam privados da liberdade, do convívio com os seus amados, seriam torturados e humilhados ao extremo.

Seria um período curto e localizado (“durante dez dias”), mas seria intenso e doloroso o bastante.

4. Execução (Ap 2.10)
Depois de tudo, ainda havia algo angustiante: a morte por execução, o martírio.

Não tenha medo do que você está prestes a sofrer.

O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.

A perseguição era tão feroz, que o martírio também era uma possibilidade.
Um dos mártires cristãos mais conhecidos de todos os tempos era natural de Esmirna.

Seu nome era Policarpo.

A tradição diz que quando o Apocalipse chegou à igreja de Esmirna, Policarpo era o seu pastor titular e, portanto, foi quem leu a carta para a congregação.

Mal ele sabia que ela já era parte de uma fonte de ânimo da parte de Deus quando sua hora de provação chegasse.

Ele seria morto pelo fio da espada de um soldado.
Sofrimento é parte do discipulado cristão

Todos quantos quiserem viver piedosamente, sofrerão perseguição (Jo 16.33); i.e.: privação, difamação, prisão e até execução.
O sofrimento é parte do discipulado cristão.

Jo 15.18-21 |
18 Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou.

19 Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia.

20 Lembrem-se das palavras que eu lhes disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor.

Se me perseguiram, também perseguirão vocês.

Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês.

21 Tratarão assim vocês por causa do meu nome, pois não conhecem aquele que me enviou.

Como vencer o sofrimento e a perseguição por causa de Cristo?

O triunfo sobre o sofrimento

Olhando para as palavras de Jesus à igreja de Esmirna, nós podemos aprender dois princípios que nos ajudarão a triunfar sobre o sofrimento e a perseguição por causa de Cristo: coragem e conhecimento.

1. Coragem

Ap 2.10 | Não tenha medo do que você está prestes a sofrer… Seja fiel até a morte…

Quando bater o medo do que você irá sofrer, dê lugar à fé. A fé e o medo são opostos.
Ambos não podem coexistir.
A fé afugenta o medo.

Sl 56.2-4 |
2 Os meus inimigos pressionam-me sem parar; muitos atacam-me arrogantemente.

3 Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti.

4 Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei.
Que poderá fazer- me o simples mortal?

Quando Deus nos dá uma missão, ele nos agracia com coragem.

Mas, a fé que produz coragem é como um músculo que precisa ser exercitado.

Js 1.5-6, 9 |

5 Ninguém conseguirá resistir a você todos os dias da sua vida.

Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei.

6 “Seja forte e corajoso, porque você conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos seus antepassados. (…)

9 Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”.

Fortaleça a fé em Deus e você terá coragem.

2. Conhecimento
Para fortalecer a fé em Deus, a fé que produz coragem, nós precisaremos conhecer a Deus.

Fé vem pelo ouvir. Ouvir sobre quem Deus é e o que Deus faz.

Escrevendo à igreja de Esmirna, Jesus fez sete descrições únicas de si mesmo, que se compreendidas e absorvidas produzirá fé e coragem.

2.1. O Senhor fala conosco
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Deus fala conosco!

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é . . .

2.2. O Senhor é eterno

Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Deus não muda!
Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 7.3; 13.8).

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último…

2.3. O Senhor é vitorioso
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que assim como Cristo sofreu também nós sofreremos, mas no final venceremos.

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.

2.4. O Senhor sabe o que padecemos
Em meio ao sofrimento,
como é bom saber que Cristo conhece o que estamos passando e sabe o que padecemos.
Ele se compadece.

9 Conheço as suas aflições.

2.5. O Senhor corrige o nosso foco
Em meio ao sofrimento, Cristo tem valores diferentes dos do mundo, material e espiritualmente.

9 Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico!
Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

2.6. O Senhor é soberano sobre o nosso sofrimento

Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo não só controla,

mas também tem propósitos para o nosso sofrimento.

10 Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Tem hora para começar e para terminar.

Tem também propósitos bem definidos: purificar-nos
(Lc 22.31; Tg 1.2-4; 1Pe 1.7).

2.7. O Senhor alimenta a nossa esperança com o galardão

Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo alimenta a nossa fé e a nossa esperança, apresentando-nos o galardão.

10 Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.

11 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.

ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU
A mensagem da carta à igreja de

Esmirna é uma prova para nós, como foi para eles: se somos verdadeiros, fieis e piedosos, sofreremos.

Porque a pessoa que ama vai às últimas consequências pela pessoa que se ama. O amor tudo suporta.
Soframos, pois, sem temor.

Aquele que morreu e tornou a viver – o Senhor Jesus – conhece as nossas provações, controla o nosso destino, e ele mesmo nos dará, no final da corrida, a coroa da vida.

No mundo nós sofreremos. A vida é amarga. Agora, há duas maneiras de sofrer.

Há aqueles que sofrem pelas consequências de seus erros e pecados.

Há aqueles que sofrem por buscar ser como Jesus: amando a Deus e ao próximo.

Como, então, viveremos?

1Pe 3.13-18 |
13 Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem?

14 Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes.

“Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.”

15 Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração.
Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.

16 Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.

17 É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.

18 Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir- nos a Deus.
Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito,

Se a sua alma está gemendo, saiba que a de Jesus gemeu e ainda geme.

Ele sabe o que é padecer.

Diferente de nós, não por ter pecado, mas para nos salvar do pecado.

Creia em Jesus e seja salvo.
Depois, como Esmirna, siga com fé, esperança e amor.
Sem ceder ao mundo.